Blog do Adilson Ribeiro

Sexta-Feira – 15:43 – Frustração e revolta marcam primeiro dia de vacinação para maiores de 60 anos em Caxias. Veja Abaixo:

O primeiro dia de vacinação para maiores de 60 anos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi marcado por, além de aglomeração, desinformação e filas enormes, frustração e revolta para a grande maioria das pessoas que procuraram os nove postos de saúde do distrito de Xerém. As 6.100 doses logo acabaram e a multidão não se conformava em voltar para casa sem ter sido imunizado. De acordo com o prefeito Washington Reis, o município tem, hoje, cerca de cem mil residentes nessa faixa etária.

As 6.100 doses foram divididas entre os postos de saúde, com cada um recebendo uma média de 600 — podendo variar para mais ou para menos. E, como não houve necessidade de apresentar comprovante de residência, várias pessoas de outros municípios foram para Caxias. Um extenso engarrafamento tomou as ruas da cidade e um trecho da Rodovia Washington Luiz (BR-040).

No posto do bairro Canaã, foram distribuídas 500 senhas para quem estava na fila. Às 9h20, um funcionário avisou que quem não havia recebido uma, deveria voltar para casa. Com dificuldades para se locomover por causa da amputação do pé esquerdo, o diabético Carlos Humberto Farreira Matias, de 69 anos, saiu de casa às 6h e, quando chegou ao local, recebeu a informação que não seria vacinado.

— Eu até expliquei a minha situação, mas não fizeram nada. É muito ruim vir até aqui e não tomar a vacina. Agora vai ser difícil eu voltar novamente para me vacinar — lamentou ele.

A mulher de Carlos, Laurinda de Oliveira Ferradas Matias o acompanhou e reclamou de não sabe que seriam distribuídas senhas:

— Eu vim com ele na esperança de tomar a dose. Se eles tivessem falado que precisaria de senha, eu teria dormido aqui com o meu esposo.

Morador de Santa Cruz da Serra, Antônio Lino dos Santos, de 68 anos, Writing Studio r causa da amputação do pé esquerdo, o diabético Carlos Humberto Farreira Matias, de 69 anos, saiu de casa às 6h e, quando chegou ao local, recebeu a informação que não seria vacinado.

— Eu até expliquei a minha situação, mas não fizeram nada. É muito ruim vir até aqui e não tomar a vacina. Agora vai ser difícil eu voltar novamente para me vacinar — lamentou ele.

A mulher de Carlos, Laurinda de Oliveira Ferradas Matias o acompanhou e reclamou de não sabe que seriam distribuídas senhas:

— Eu vim com ele na esperança de tomar a dose. Se eles tivessem falado que precisaria de senha, eu teria dormido aqui com o meu esposo.

Morador de Santa Cruz da Serra, Antônio Lino dos Santos, de 68 anos, saiu de casa às 5h para ir para Xerém. Esteve na Praça da Mantiqueira, mas como estava muito engarrafado, decidiu ir para Canaã. A frustração veio quando soube que não havia mais doses disponíveis.

— Recebemos mensagens pelas redes sociais para que viéssemos nos vacinar. Agora, não tem mais doses. Isso é um absurdo com a população — disse.

Peregrinação

Luana Silva Alves, de 36 anos, conseguiu que a mãe, Maria Lúcia Silva Alves, de 66, fosse vacinada. Mas, para isso, as duas tiveram que fazer uma verdadeira peregrinação e, assim, se expor ainda mais ao risco de se infectarem com o coronavírus.

— Chegamos antes das 6h (Xerém) e a Defesa Civil informou que só seriam vacinadas as pessoas que estivessem nos carros e que era para a gente procurar outro local. Saímos daqui desesperadas, pegamos um ônibus, e fomos para a Praça Vila dos Blocos — contou Luana.

Lá, as duas foram informadas de que as doses também tinham acabado:

— Ficamos esperando um milagre. Não aconteceu. Decidimos voltar para casa e, quando estávamos próximo, uma senhora nos indicou um posto onde havia conseguido se vacinar. Foi assim que conseguimos.

Apesar de ter conseguido a imunização para a mãe, Luana criticou o modo como a campanha foi feita nesta sexta.

— Olha essa quantidade de gente. Muita gente pode ser contaminada. É uma falta de respeito com a população.

 

 

Fonte: Extra

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