Blog do Adilson Ribeiro

Terça-Feira – 23:48 – Adriano abre o coração sobre morte do pai e saída da Itália: ‘Meu amor pelo futebol nunca mais foi o mesmo’. Veja Abaixo:

Em depoimento concedido ao site “Players Tribune”, o ex-atacante Adriano, ex-Flamengo, São Paulo, Inter de Milão e seleção brasileira, abriu o coração sobre a carreira e o momento atual de sua vida. No texto, intitulado “Adriano tem uma história para contar”, o jogador credita a morte do pai, em 2004, como fator crucial para a saída da Inter de Milão, clube pelo qual ganhou a alcunha de “Imperador”.

Eu realmente não queria falar sobre isso, mas vou te dizer que, depois daquele dia, meu amor pelo futebol nunca mais foi o mesmo. Ele amava futebol, então eu amava futebol. Simples assim. Era meu destino. Quando joguei futebol, joguei pela minha família. Quando marquei, marquei para a minha família. Então, quando meu pai morreu, o futebol nunca mais foi o mesmo — relembra Adriano.

O falecimento de Almir Leite Ribeiro, por ataque cardíaco, aconteceu dias após a conquista da Copa América de 2004, com gol salvador de Adriano no empate contra a Argentina. Ele deixaria a Itália quatro anos depois.

Para ser honesto com você, embora eu tenha marcado muitos gols na Série A ao longo desses anos, e embora os torcedores realmente me amem, minha alegria se foi. Fo Writing Studio no futebol brasileiro. Revelado pelo Flamengo, foi convocado à seleção brasileira ainda com 18 anos. Vendido à Inter, marcou um golaço de falta em sua estreia, em 2001, contra o Real Madrid. O Imperador relembra as passagens com carinho no depoimento.

— Materazzi queria pegar a bola. Mas o Seedorf chegou e disse: “não, quem vai bater é o Adriano” […]. As pessoas me perguntam o tempo todo sobre aquela cobrança de falta. Como, como, como? Como você chutou a bola com tanta força? Eu digo a eles: “Ah, cara! Não sei! Eu bati com a esquerda e Deus fez o resto! — brinca.

Retorno ao Brasil

O ex-jogador contou detalhes dos retornos ao Brasil, em 2008. Ele assinou por empréstimo com o São Paulo antes de rumar ao Flamengo, onde foi campeão brasileiro. No meio do caminho, chegou a retornar à Inter brevemente, mas deixou o clube de vez no ano ano seguinte, quando assinou com o rubro-negro. Adriano rasga elogios ao então presidente da Inter, Massimo Moratti, e conta que ele foi compreensivo sobre sua saída, mas que José Mourinho, técnico do clube em sua despedida, nem tanto. No Brasil, diz ter recuperado sua “essência”.

— Sim, talvez eu tenha desistido de milhões. Mas quanto vale a sua paz de espírito? Quanto você pagaria para ter de volta a sua essência? Na época, eu estava desolado com a morte do meu pai. Queria me sentir eu mesmo novamente. Eu não estava drogado. Isso nunca. Eu estava bebendo? Sim, claro. Merda, sim, eu estava. Saúde! Mas, se quiser testar, te juro por Deus, você não vai encontrar droga nenhuma no meu sangue. O dia em que eu usar droga, minha mãe e minha avó morrem. Bebida alcoólica? Ah, isso vai dar mesmo, bastante, até porque eu gosto de tomar um “danone”.

O jogador encerra o depoimento contando sobre o Flamengo, por onde foi campeão brasileiro ao lado de Petkovic. Ele lembra a união do grupo rubro-negro e diz que, naquela temporada, voltou a “ser o Adriano”.

— Às vezes, a gente chegava para o treino não pelo futebol, mas pela resenha depois. Assim que o treino acabava – poom! –, hora de tomar um “querosene”. Hora da resenha. Direto para o Mercado Produtor. Todo o time. Até as esposas já sabiam: Estaremos em casa à meia-noite! — recorda-se, aos risos.

—Sempre fizemos tudo juntos, cara. E vencemos. Demos um Brasileirão para o Flamengo depois de 17 anos. Foi especial. Nunca fui completamente o mesmo depois que meu pai faleceu, mas naquela temporada eu realmente me senti em casa. Senti alegria novamente. Eu voltei a ser o Adriano.

 

 

Fonte: Extra

 

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