Blog do Adilson Ribeiro

Sexta-Feira – 23:34 – Brasil registra 2.136 mortes por Covid em 24h e vê casos em alta. Veja Abaixo:

Especialistas já vinham alertando que o pico da pandemia de covid-19 ainda não tinha passado no Brasil, mas em muitos lugares optou-se pela flexibilização das regras de isolamento social. A queda na média móvel no número de óbitos parecia mostrar que o pior já tinha passado, mas nesta semana os números voltaram a subir, principalmente em número de casos, e reacendeu o debate sobre a necessidade de impor novas restrições à população.

Nesta sexta-feira, 21, o Brasil registrou 2.136 novas mortes pela covid-19. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 1.963, com uma pequena queda em relação ao dia anterior, quando marcou 1.971. Mas a subida nos números na última semana estão gerando apreensão.

A média móvel de óbitos estava em 1.910 no sábado, mas durante a semana foi subindo e voltou a se aproximar da marca de 2 mil mortes. Já a média móvel de casos, na mesma data, estava em 62.855, mas desde então cresceu até chegar a 64.978 nesta sexta-feira. Ainda não dá para saber se isso é reflexo da flexibilização das medidas restritivas em muitos lugares ou por causa de recentes aglomerações pelo feriado do Dia do Trabalho ou pelo Dia das Mães.

Um dado que deixa o alerta ligado é que a taxa de ocupação dos leitos de UTI para covid-19 cresceu 7,5% desde o final de abril na rede hospitalar privada do Estado de São Paulo. Pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios (SindHosp), realizada entre 11 e 17 de maio, mostrou que 85% dos hospitais já têm ocupação superior a 80%.

Para Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o relaxamento nas regras foi precoce. “Na verdade não era para ter desligado o alerta, pois essa situação já era esperada. Especialistas já previam isso e nos meses de junho e julho podemos chegar ao pico de 4 a 5 mil mortes diárias”, diz. “Não saímos da primeira ou da segunda onda.”

A médica lamenta essa dinâmica de reabertura logo que os números começam a diminuir um pouco. “Nunca fizemos um lockdown para valer, que é o que teria funcionado junto com uma vacinação em massa. É preferível fechar para valer por um período curto, e depois reabrir, do que ficar desse jeito. Isso só desgasta ainda mais as pessoas. E o porcentual da população vacinada no Brasil é baixo, não reduz taxa de transmissão”, explica.

Ela cita os exemplos do Reino Unido, Nova Zelândia e Israel, que fecharam tudo e aceleraram a Writing Studio es necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 76.855 novos casos e mais 2.215 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 15.970.949 pessoas infectadas e 446.309 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

 

 

Fonte: ISTOÉ

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