Blog do Adilson Ribeiro

Terça-feira – 21:59 – Especialistas em Segurança Pública criticam operação policial com dezenas de mortos na Vila Cruzeiro. Veja Abaixo:

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Especialistas em Segurança Pública criticam operação policial com dezenas de mortos na Vila Cruzeiro.

Especialistas em Segurança Pública ouvidos pelo EXTRA criticam a operação conjunta do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Vila Cruzeiro, Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Segunda operação policial mais letal da história do estado, a ação desta terça-feira deixou ao menos 22 mortos, entre eles uma moradora da região.

Ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva diz que “há muito o que ser investigado, principalmente pelo Ministério Público”.

 

 

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Writing Studio nenhuma via federal. Não é a primeira vez que eles saem do policiamento ostensivo para policiamento ostentação, com roupas de combate. É necessário que o Ministério Público Federal veja isso.

O coronel Robson Rodrigues, ex-chefe de Estado-Maior da PM, disse que a operação expôs as fragilidades do sistema policial.

— Ninguém descarta a complexidade da segurança pública do Rio de Janeiro, o que a gente lamenta é a recorrência das mesmas práticas e resultados. O tempo já mostrou que essas práticas não resultam em uma evolução da segurança pública nem num controle ou encolhimento das atividades criminosas — diz. — Os discursos das autoridades são muito frágeis e contraditórios. Primeiro se falou que era combate ao roubo de carga, e talvez por isso se justificasse algo que não estava bem explicado, que é a presença da Polícia Rodoviária Federal.

Para ele, a justificativa apresentada para a participação da PRF na operação foi “forçação de barra”.

— Me parece que os discursos vêm como justificativas do momento. Se no primeiro momento o que causava mais estranheza era a PRF, então envolvem uma justificativa que era roubo de carga, numa forçação muito grande de barra. Outra hora se fala que eram 50 criminosos de outros estados, chamando a questão para o âmbito nacional. Isso é campo da suposição, não há nenhum vestígio desses 50. As autoridades têm que demonstrar que não foi a ação não foi sobre uma suposição.

O ex-chefe da PM no Rio chama atenção ainda para a não apresentação até agora de investigação policial por trás dessa operação:

— A gente sabe que a PRF e a PM são essencialmente polícia preventiva, para patrulhamento ostensivo. O trabalho de investigação policial, portanto, é da PF e da Civil. Em tese, são esses atores que deveriam estar contribuindo mais. O que temos na Vila Cruzeiro é inteligência entre aspas, que não se traduz em resultados de inteligência. Pelo contrário, o que estamos vendo são improvisados que se refletem em ações improvisadas.

Ele também comentou a morte da cabeleireira Gabrielle Ferreira da Cunha, de 43 anos, moradora inocente morta em sua própria casa, na Chatuba.

— Também há a interrupção brutal da vida de uma mulher jovem que deixa filha de 16 anos. É um custo muito alto para dizer que a operação foi bem sucedida, que apreendeu nove fuzis — afirma ele, acrescentando que armas continuarão chegando aos traficantes da favela se não houver investigação e ações sobre o fornecimento delas.

 

 

Fonte: Extra

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