Após cerca de 1h de um ato na Cinelândia, no Centro do Rio, um explosivo caseiro foi atirado do lado de fora dos tapumes que delimitam a área destinada ao público. O evento, em formato de comício, terá a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de artistas, lideranças e dirigentes partidários que apoiam sua pré-candidatura à Presidência. Um homem foi encaminhado para a delegacia. De acordo com a Polícia Civil, ele foi detido em flagrante por crime de explosão e confessou ter arremessado o explosivo.
O dispositivo, feito com pavio ligado a uma garrafa PET preenchida com um material similar a fezes humanas, detonou após alguns segundos, espalhando os excrementos perto do público e deixando forte odor. Ninguém ficou ferido. O ato assustou o público que se concentrava próximo ao palco, no lado direito, nas imediações do Theatro Municipal. Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito admitiu que jogou um recipiente com urina e explosivos similares aos usados em festas juninas. Ele não fez menção a fezes.
No Twitter, o perfil da Polícia Militar do Rio informou que “um homem infiltrado no ato da Cinelândia arremessou um artefato explosivo de festas juninas para o interior da área cercada pelo palco”. Ainda segundo a corporação, “ao fugir, ele foi foi detido por policiais do 5º BPM e conduzido para a 5ª DP”.
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Não é a primeira vez que apoiadores do petista são alvo de ataque desse tipo. Em Minas Gerais, durante evento de pré-campanha de Lula e do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), pré-candidato ao governo mineiro, manifestantes afirmaram terem sido atingidos por ‘água de esgoto’ lançada por um drone que sobrevoou o local naquela tarde.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, um dos homens diz que o drone, usado em plantações, despejava um veneno sobre os militantes. Outras publicações nas redes sociais afirmavam que o equipamento pulverizava fezes e urina sobre o público. O suspeito pelo ataque, o agropecuarista Rodrigo Luiz Parreira, foi preso na última segunda-feira.
Tensão PT-PSB
Lula deve discursar no fim do evento, que começou às 18h. O ato reúne nomes do meio artístico e cultural que apoiam o petista e o pré-candidato ao governo do Rio pelo PSB, Marcelo Freixo. O comício ocorre em meio à tensão na aliança entre PT e PSB no Rio, onde ocorre uma queda de braço entre André Ceciliano (PT) e Alessandro Molon (PSB) em torno da candidatura ao Senado no campo da esquerda.
A disputa é um dos principais imbróglios entre os partidos nas costuras políticas nacionais.O Writing Studio o prévio em que Molon deveria retirar sua candidatura, caso o candidato ao governo conseguisse se mostrar competitivo e conseguisse apoio de vários partidos. Molon, por outro lado, afirma que não ocorreu um “acordo” mas sim “conversas iniciais”. Ele garante que não irá retirar sua candidatura.
Fonte: Extra
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