Blog do Adilson Ribeiro

Quinta-feira – 10:50 – A Copa do Mundo no Qatar, Capitalista e Não-Diversa. Veja Abaixo:

O Catar é um país peninsular árabe cuja paisagem abrange um deserto árido e um longo litoral no Golfo Pérsico (Árabe) repleto de praias e dunas. Também na costa, fica a capital Doha, conhecida pelos arranha-céus futuristas e pela arquitetura ultramoderna inspirada no antigo design islâmico, com exemplos como o Museu de Arte Islâmica, feito de calcário e localizado no calçadão à beira-mar da cidade, chamado de Corniche.

O país islâmico está sediando a Copa do Mundo de Futebol, apesar de suas leis e regras absurdas, porém culturais, no trato com a diversidade, com as mulheres e com o segmento LGBTQIAPN+. Na cerimônia de abertura, a coreografia principal foi composta de homens cuja gesticulaç Writing Studio fala agressiva foi interrompida rapidamente, mas Salman ainda acrescentou que ser homossexual é “haram” —”pecado” e proibido pela lei do Islã. É de senso comum o perigo! Recentemente circulou nas redes sociais um poster mostrando condutas proibidas no Catar. Segundo ele, são proibidos no país, entre outros, álcool, namoro e homossexualidade. Logo ficou claro que a mensagem não vinha do governo do Catar, mas de um movimento de cidadãos locais que comunicava aos estrangeiros as regras de etiqueta do país.

 

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Os organizadores da Copa do Mundo do Catar se distanciaram às pressas: a imagem não veio de uma fonte oficial e contém “informações factualmente incorretas”, afirmou em comunicado. “O Catar sempre foi uma nação aberta, tolerante e amigável.” Sério? Não.

Factualmente correto é: o Catar criminaliza a homossexualidade manifestada em público. “Não menos de um ano” de prisão está previsto para “homossexualidade entre homens e devassidão sexual”, no Artigo 296 do Código Penal do Catar, referente a “Incitação à imoralidade, depravação e prostituição”.

Nem todos os torcedores gays são bem-vindos. Se descobertos, homossexuais podem ser processados, os hotéis catarianos em parte rejeitam casais homossexuais, e os apresentadores da televisão nacional fazem declarações homofóbicas, até mesmo ameaçando homossexuais com a pena de morte.

Então é realmente de espantar se as autoridades também fazem declarações homofóbicas? Na verdade, não. E, no entanto, o clamor internacional é grande após as declarações do embaixador do Catar na Copa do Mundo e ex-jogador nacional Khalid Salman, que disse, em entrevista à emissora alemã ZDF, que ser gay é “haram”, ou seja, proibido, e “dano mental”, como escrevi acima e reitero a burrice da intolerância. É a verdade! Houve até mesmo, com a copa já iniciada, uma proibição A de jogadores da copa que se predispuseram a usá-las com uma marca queer (as cores do arco-íris, justamente em protesto às leis anti-LGBTQIAPN+).

Na verdade, todo mundo já sabia disso, seja a FIFA, os políticos, a mídia et caterva. E, mesmo assim, todos agora se mostram chocados. Organizações não governamentais há muito apontam violações maciças dos direitos humanos no Catar: a Human Rights Watch (HRW) relatou recentemente sobre maus tratos contra LGBTQIAPN+s detidas/os no Catar sofreram maus tratos. Quando o emir Tamim bin Hamad Al Thani disse, como fez há pouco tempo numa reunião com o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, que “todas as pessoas são bem-vindas” no Catar mas depois acrescentou que “Esperamos respeito por nossa cultura”, isso não significa outra coisa senão que nem todos podem vir como são.

E o fato de o governo federal alemão poupar críticas provavelmente também se deve ao fato de que as importações de gás estão se tornando uma nova dependência, que o Catar já usa como meio de pressão.

Mulheres como “doces embrulhados”?

O Catar está na verdade jogando sujo. Para fora, gosta de se apresentar como um moderno Estado emergente, que certamente pode ostentar um processo de transformação nos últimos anos. Mas ele ainda discrimina indivíduos com base em sua orientação sexual. E, a propósito, também por razões de gênero. Isso se depreende de outra cena do documentário apresentado no início de novembro pela ZDF, em que um confidente do embaixador da Copa do Mundo do Catar compara mulheres com “doces”, que se deve saborear antes “empacotados” – ou seja, com véu islâmico – do que desembrulhados. Que horror! E a FIFA insistiu e insiste em normalizar toda essa infâmia!!!

Esta Copa do Mundo realmente melhorará a situação dos direitos humanos no Catar? Não creio mesmo que isto acontecerá. Vergonha!!!! Quando a bola rolou, a FIFA se tornou cúmplice de tamanha arrogância e tamanho crime cultural! E será que depois da Copa do Mundo algo sequer será feito pela comunidade LGBTQIAPN+, as mulheres ou os trabalhadores estrangeiros no país? É de se duvidar totalmente.

SHAME ON YOU FIFA! QATAR NEVER!

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