Blog do Adilson Ribeiro

Sexta-feira – 22:38 – Ladrões furtam estrelas de metal do gradil de D.Pedro I, escultura pública mais antiga do Brasil. Veja Abaixo:

Reformado pela Prefeitura do Rio para a comemoração do bicentenário da Independência do Brasil ( 1822-2022), ocorrida em setembro último, o monumento de D. Pedro I, primeira escultura pública do país, localizado na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, foi alvo de ladrões de metais. Pelo menos oito estrelas de ferro, instaladas na parte superior de um gradil que cerca a estátua, foram furtadas. Outros cinco pedaços do gradeamento, em forma de seta e instalados na parte inferior, também desapareceram.

RI Rio de janeiro (RJ) 01.12.2022 - Estrelas do gradil do monumento de D.Pedro I, foram furtadas na Praça Tiradentes .Foto de Gabriel de Paiva Agência O Globo
RI Rio de janeiro (RJ) 01.12.2022 – Estrelas do gradil do monumento de D.Pedro I, foram furtadas na Praça Tiradentes .Foto de Gabriel de Paiva Agência O Globo Foto: GABRIEL DE PAIVA / Agência O Globo

Fabricada na Europa, a estátua equestre de D. Pedro foi inaugurada na Praça da Constituição, atual Praça Tiradentes, em março de 1862. Segundo Marconi Andrade, fundador da ONG S.O.S Patrimônio, o monumento foi encomendado por D.Pedro II para homenagear o pai, o imperador D. Pedro I. Marconi afirmou estar preocupado com a perda histórica provocada pela onda de furtos de peças metálicas.

 

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  Writing Studio mostrou numa série de matérias, publicada durante três dias, o caminho percorrido por metais furtados. Depois de levadas por usuários de drogas ou ladrões, as peças acabam indo parar em ferros-velhos clandestinos ou irregulares.

Misturadas às legais, as peças furtadas são vendidas, em lotes por tipo de metal, para ferros-velhos de médio porte. A partir desse momento, em geral com nota fiscal, os fardos são revendidos para empresas recicladoras, encarregadas do beneficiamento do material, que é limpo e prensado.

Daí em diante, passa a ser quase impossível identificar o que é ilícito. Mesmo uma tampa de bueiro ou uma escultura, não desmanchadas no início do processo, estão, agora, comprimidas.

A carga segue, então, seu curso, e ingressa na indústria de transformação — siderúrgicas, metalúrgicas e laminadoras. Já como metais (em tarugos), alimenta outras indústrias: as que produzem bens de consumo. No fim da cadeia produtiva, o ferro furtado da praça em São Cristóvão pode, por exemplo, virar um novo gradil ou, misturado com outras matérias-primas, engrenagens, vergalhões, fios e até carcaças de automóveis.

Em nota, a Secretaria Municipal de Conservação lamentou “mais um ato de vandalismo” e informou que fará a reposição dos elementos furtados do gradil da estátua de D. Pedro I, na Praça Tiradentes. “O monumento é uma das obras restauradas para o Bicentenário da Independência e entregues no dia 7 de setembro deste ano. Existe uma câmera no local e a investigação é de competência das autoridades policiais. A Conservação ressalta a importância de a população colaborar no combate ao vandalismo, ajudando a preservar a cultura e a história da nossa cidade e do nosso país.”

 

Fonte: Extra.

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