Blog do Adilson Ribeiro

Terça-feira – 14:58 – Conselho independente recomenda que Meta reveja sistema de moderação para usuários como Trump e Neymar. Veja Abaixo:

A Meta, empresa dona do Facebook, foi criticada por seu conselho de supervisão independente em um relatório divulgado nesta terça-feira, que demanda uma revisão do tratamento dado a usuários célebres. De acordo com o órgão, a firma permitiu que conteúdos inadequados e perigosos postados por figuras como o ex-presidente americano Donald Trump e o atacante Neymar Jr. permanecessem on-line, privilegiando interesses financeiros às custas de obrigações de direitos humanos.

O conselho composto por ex-políticos, advogados, jornalistas e ativistas, que age quase como um tribunal sobre as decisões de moderação da plataforma, encontrou “várias deficiências” em seu chamado programa de verificação cruzada, demandando uma “reforma significativa” do sistema. A iniciativa faz uma moderação preliminar do conteúdo postado por usuários de alto calibre para determinar se estão ou não de acordo com as regras da plataforma de Mark Zuckerberg, que engloba também o Instagram e o WhatsApp.

“Tais conteúdos não deve permanecer na plataforma acumulando visualizações simplesmente porque a pessoa que o postou é um parceiro de negócios ou uma celebridade”, disse o conselho em postagem de blog após a publicação do relatório de 46 páginas, resultado de mais de um ano de trabalho.

O programa de verificação cruzada, revelado primeiro pelo Wall Street Journal no ano passado, foi projetado para ajudar a Meta a evitar problemas de relações públicas com pessoas famosas. Atualmente, quando postagens ou imagens que potencialmente violam as políticas do Facebook ou Instagram são sinalizadas, elas são imediatamente removidas se forem consideradas muito arriscadas e se vierem de usuários desconhecidos.

Mas se o autor for conhecido, esse conteúdo permanece on-line até que seja avaliado por um moderador humano — algo que leva em média cinco dias para acontecer. O sistema “desigual”, disse o relatório, “oferece proteções adicionais ao que certos usuários expressam, escolhidos em parte com base nos interesses econômicos da Meta”. A empresa tem 90 dias para responder ao documento.

O conselho havia sido acionado após a revelação do WSJ, e fez 32 recomendações sobre como a Meta pode resolver os problemas identificados. Entre elas, aumentar “radicalmente” a transparência sobre como o sistema funciona e remover ou ocultar o conteúdo sinalizado por violações pendentes de revisão.

 

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O conselho havia sido acionado após a revelação do WSJ, e fez 32 recomendações sobre como a Meta pode resolver os problemas identificados. Entre elas, aumentar “radicalmente” a transparência sobre como o sistema funciona e remover ou ocultar o conteúdo sinalizado por violações pendentes de revisão.

 

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O conselho de supervisão independente do Facebook é composto por 20 ex-líderes políticos, ativistas, jornalistas e acadêmicos — entre eles, o brasileiro Ronaldo Lemos, advogado e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) — escolhidos pelo Facebook. Lançado em 2020, ele tem por fim “revisar um número seleto” de decisões “emblemáticas” de moderação e determinar se foram tomadas ou não “de acordo com os valores e políticas da plataforma” e princípios de direitos humanos e liberdade de expressão.

A gigante tecnológica financia o conselho com um fundo de US$ 130 milhões e seus principais executivos tiveram um papel central para formá-lo, mas afirma que todas as decisões são independentes.

Retorno de Trump?

O caso de maior destaque analisado pelo grupo coordenado pelo presidente de assuntos globais da gigante tecnológica, o ex-vice-primeiro-ministro britânico Nick Clegg, foi o veto a Trump no ano passado. As contas do ex-presidente foram suspensas pela Meta após a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, por turbas incitadas pelo ex-presidente.

Na época, o veto afirmou que o risco de violência “justificava” a sentença, mas criticou a suspensão por tempo indeterminado, pedindo que a Meta estipulasse um prazo em até seis meses. A companhia determinou que a suspensão valeria por dois anos e seria reavaliada em janeiro do ano que vem, com o retorno condicionado à redução do risco à segurança pública, anunciou a plataforma.

A empresa, portanto, deve decidir até o próximo dia 6 se manterá o veto ou permitirá no dia seguinte a volta do ex-presidente, que lançou sua pré-candidatura para retornar à Casa Branca em 2024.

Trump também foi banido do Twitter, mas o novo dono da rede de microblogging, o bilionário Elon Musk, pôs o perfil do republicano novamente no ar no mês passado. Até esta terça, contudo, nada foi postado na conta, apesar de Trump postar frequentemente em sua própria rede social, a Truth Social, que tem funções similares às do Twitter, seu megafone preferido durante a campanha que o levou ao Salão Oval e os anos que lá esteve.

Caso Neymar

Não se sabe ao certo quantos usuários são beneficiados pelo sistema de verificação cruzada, mas o WSJ estimava em 2020 que havia cerca de 5,8 milhões de pessoas na lista secreta. No ano passado, a Meta disse que o número ficava ao redor de 666 mil em 2021.

O conselho acusou a Meta de dar respostas “insuficientes”, que às vezes demoravam meses, para o grupo. Um dos casos analisados pelo relatório recém-lançado diz respeito ao atacante Neymar Jr., que em 2019 postou vídeos no Instagram e no Facebook se defendendo de acusações de estupro.

Nas imagens havia prints de conversas no WhatsApp que mostravam o nome da mulher que o acusava e fotos nuas dela. Ao invés de imediatamente deletar o conteúdo, o procedimento para “imagens íntimas não consensuais”, as imagens que foram vistas mais de 50 milhões de vezes antes de sua remoção, segundo informações do Wall Street journal. O processo contra o atleta acabou arquivado por falata de provas.

A situação, disse a Meta, deveu-se a um “atraso na revisão do conteúdo” devido a uma fila de espera na época. Ao Financial Times, Thomas Hughes, diretor do conselho de supervisão, disse que o incidente envolvendo o jogador da seleção brasileira e do Paris Saint-German é um exemplo de como parcerias comerciais podem impactar o processo de moderação:

— Houve provavelmente uma colisão de interesses diversos com este processo de verificação cruzada — disse ele.

 

Fonte: Extra

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