Blog do Adilson Ribeiro

Quarta-feira – 22:10 – Família de Marielle diz que ‘otimismo voltou’, após reunião com o chefe da Polícia Federal. Veja Abaixo:

No fim da tarde desta segunda-feira, o superintendente da Polícia Federal do Rio, Leandro Almada, recebeu, na sede da corporação, na Praça Mauá, a família de Marielle Franco, cujo assassinato completa hoje cinco anos ainda como um crime sem solução. Os pais da vereadora, Marinete Silva e Antônio Francisco da Silva Neto, a filha, Luyara Silva, e a viúva, Monica Benicio, ouviram explicações sobre as fases da investigação. Monica, hoje também à frente de um mandato na Câmara do Rio, diz ter sentido reacender a esperança de que a PF irá ajudar a chegar aos mandantes dos assassinatos de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes.

 

— Foi muito positiva a reunião. Saí bastante otimista. Não teve grandes novidades, porque a Polícia Federal acabou de entrar no caso. Mas a postura, o comprometimento e a vontade de resolver são evidentes. Tinha tempo que não ficava animada. O otimismo voltou — disse a viúva ao EXTRA.

Nesta terça-feira, às 14h30, a família ainda tem encontro marcado com o governador Cláudio Castro. Monica revela que andava sem esperanças com o rumo das investigações por parte da Polícia Civil.

 

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— As declarações do ministro da Justiça Flávio Dino e a entrada da PF no caso são as únicas coisas que nos dão alguma esperança sobre a resolução do assassinato de minha companheira Marielle Franco. As inúmeras trocas no comando da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e a inoperância das autoridades estaduais, chegaram ao cúmulo de colocar os familiares há um ano em uma situação vexatória. Estivemos reunidos com o governador Cláudio Castro, que nos apresentou o então Secretário da Polícia Civil, Allan Turnowski, como seu homem de confiança. Allan Turnowski, que alguns meses depois foi preso por envolvimento com o jogo do bicho e teve áudios vazados, onde ele zombava do assassinato de Marielle. Não há apenas morosidade na elucidação desta execução, há desrespeito aos familiares, ao povo do Rio de Janeiro e a democracia — afirmou a viúva de Marielle.

Em andamento desde 14 de março de 2018, a data do duplo assassinato, as investigações só avançaram no primeiro ano, com as prisões dos suspeitos da execução: os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, em 12 de março de 2019. Quebras do sigilo de dados dos celulares e dos computadores dos acusados fizeram com que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) conseguissem evidências da participação da dupla na primeira fase.

Descobriu-se, por exemplo, que Lessa pesquisou um endereço no mesmo dia que Marielle foi visitar o ex-marido, no Rio Comprido, num compromisso privado, que não constava na agenda pessoal dela. Ele também pesq Writing Studio tribuir. Sem dúvida, ver o comprometimento do ministro da Justiça para atuar em colaboração com o caso traz um sopro de esperança. Sobretudo se comparamos o tratamento dado ao caso no governo anterior. Que não só fazia questão de menosprezar este que foi o principal crime político desde a redemocratização do Brasil, como estimulava fakenews e discursos de ódio contra Marielle — disse Fernanda.

Na opinião de Fernanda, até 2021, as investigações estavam “caminhando”. Ressaltou ainda a prisão dos acusados, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, em 2019.

— Inclusive fomos contrários à federalização, na época, defendida repentinamente pelo governo Bolsonaro(então presidente Jair Bolsonaro) após o nome da família dele constar das investigações. As investigações tiveram reflexos no combate ao crime organizado do Rio, através da Operação Intocáveis do MP. No entanto, justamente quando nos preparávamos para um Tribunal do Juri, de súbito, as promotoras tiveram que deixar o caso, estavam sofrendo interferência, o que é gravíssimo, e, de lá para cá, absolutamente nada de novo aconteceu, nem o julgamento de Lessa e Élcio. É um absurdo! Trocaram a promotoria já por duas vezes, uma meia dúzia de delegados, e estamos aqui, pelo quinto ano, perguntando quem mandou matar Marielle? — perguntou a sobrevivente.

 

Fonte: Extra.

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