Docentes pedem reajuste salarial proporcional ao tempo de carreira; Justiça considerou paralisação abusiva.
Professores da rede municipal de Guarulhos, na Grande São Paulo, ocuparam o Fácil, equipamento da prefeitura que atende o público, no segundo dia de greve. Eles pedem reajuste salarial proporcional ao tempo de carreira. A paralisação começou na segunda-feira (24).
O Fácil foi desocupado no início da tarde desta terça, e a prefeitura do município recebeu uma comissão de professores. Segundo a Justiça, a greve é abusiva porque a “Prefeitura de Guarulhos atende a principal reivindicação do movimento, que é a de todos os professores da rede municipal receberem ao menos o piso nacional da educação”.
Uma liminar que obriga os professores a comparecerem à sala de aula foi concedida nesta segunda-feira (24). Caso a medida não seja cumprida, será aplicada multa diária de R$ 10.000 ao Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (STAP).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE:
Segundo o juiz Guilherme Gonçalves Strenger, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, “a paralisação dos referidos serviços públicos poderá causar dano irreparável ou de difícil reparação aos cidadãos, especialmente aos alunos que frequentam as instituições de ensino”.
Foi marcada para a tarde desta quinta-feira (27) uma audiência de conciliação entre as partes.
Na segunda, por causa da paralisação, algumas escolas de educação infantil e ensino fundamental ficaram sem os professores titulares no período da manhã. A prefeitura disse que, dos 6 mil professores municipais, 172 faltaram.
No último dia 12, o sindicato dos professores já tinha feito uma paralisação de um dia pedindo o cumprimento da lei do Piso Nacional da Educação Básica, com reajustes proporcionais para os profissionais com mais tempo de carreira.
Fonte: G1